Santa Catarina mais do que dobrou o número de mortes por influenza em 2025 em comparação com o ano inteiro de 2024. Segundo o painel do Centro de Informações Estratégicas, da Secretaria da Saúde (SES), entre janeiro e 23 de outubro deste ano foram registrados 261 óbitos pela doença. Em 12 meses do ano anterior, o número foi de 129.
Além do número de mortes, os casos confirmados de influenza também aumentaram, passando de 1.689 em 2024 para 2.005 até o dia 23 de outubro de 2025. Já o de hospitalizados em Unidade Intensiva de Tratamento (UTI) passou de 359 no ano passado inteiro para 492 até outubro de 2025. A taxa de mortalidade pela doença saiu de 1,70% para 3,43%.
A maioria das vítimas da doença em Santa Catarina é mulher entre 60 e 69 anos. Do total, 119 pessoas mortas tinham doenças cardiológicas como fator de risco e outras 88 tinham comorbidade para doença respiratória.
João Fuck, diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), explica que o cenário está associado a uma circulação maior do vírus da influenza nessa temporada e a baixa cobertura vacinal nos grupos prioritários.
Até sexta-feira (24), a cobertura vacinal no Estado para o grupo prioritário (gestantes, crianças e idosos) estava em 52,92%. A meta do Ministério da Saúde é de 90%.
Em junho deste ano, a SES publicou uma nota para alertar o aumento de casos em Santa Catarina. O órgão reforçava aos serviços de saúde e a população “sobre a importância da vacinação contra a Influenza, bem como o reforço das medidas não farmacológicas de prevenção, assim como o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno”.
Vacinação contra gripe e medida de prevenção
A vacina contra a Influenza está disponível para toda a população como a principal forma de prevenir episódios graves e mortes. Assim, os grupos prioritários devem ser incentivados a manter suas carteiras de vacinação atualizadas, seguindo as orientações sobre as doses e os intervalos recomendados. É essencial que as crianças menores de 5 e as pessoas com mais de 60 anos, recebam a vacina o quanto antes, considerando a vulnerabilidade observada destes grupos no agravamento da doença.
Outras medidas de prevenção
– Manter ambientes bem ventilados, com portas e janelas abertas e correntes de ar;
– Usar máscaras quando apresentar sintomas respiratórios;
– Evitar contato próximo com pessoas com sintomas gripais;
– Higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool gel com frequência, principalmente depois de tossir ou espirrar, após usar o banheiro, antes de comer, antes e depois de tocar os olhos, a boca e/ou nariz;
– Utilizar a etiqueta respiratória (cobrir o nariz e a boca ao tossir ou espirrar com o antebraço e descartar lenços e máscaras usadas no lixo);
– Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies potencialmente contaminadas (corrimãos, bancos, maçanetas, etc);
– Limpar e desinfetar superfícies e objetos que entram em contato frequente com mãos, como mesas, teclados, maçanetas e corrimãos;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres.
Fonte: NSC Total
