
Um caso de Influenza Aviária (H5N1) de Alta Patogenicidade (IAAP) foi detectado em Meleiro, no Sul catarinense, em uma propriedade com criação de subsistência. A confirmação do caso de gripe aviária foi emitida pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc). Segundo a entidade, técnicas de contenção já estão sendo realizadas.
As amostras foram coletadas e analisadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), uma referência internacional reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) para o diagnóstico da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade.
Em nota publicada nesta quinta-feira (10), a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) reforçou a importância da notificação precoce em casos de aves de qualquer espécie que apresentam sinais clínicos de influenza aviária.
“A Cidasc reforça a importância da colaboração da cadeia produtiva e da população na notificação precoce em caso de aves de qualquer espécie apresentando sinais clínicos de influenza aviária (sinais respiratórios ou neurológicos, tais como dificuldade respiratória, secreção ocular, andar cambaleante, torcicolo ou girando em seu próprio eixo, ou mortalidade alta e súbita). Santa Catarina segue comprometida com a proteção da avicultura, mantendo sua condição sanitária e exportadora de excelência. Informamos que o consumo da carne de aves e ovos é seguro e não representa qualquer risco ao consumidor final.”
A detecção da IAAP em aves silvestres ou de fundo de quintal não compromete o status sanitário da produção comercial, segundo critérios estabelecidos por organismos internacionais — ou seja, a detecção deste caso, por enquanto, não impacta a cadeira produtiva de avicultura catarinense.
O Estado segue sem registro da doença na produção comercial de aves, referência nacional e internacional em sanidade e qualidade.
Outros casos de gripe aviária
Após casos confirmados de gripe aviária no começo deste ano, o Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou o país livre da doença. Isso se dá depois de o Brasil ficar 28 dias sem a detecção de novos casos em granjas comerciais.
O prazo começou a ser contado após a desinfecção da granja de Montenegro, Rio Grande do Sul, onde foi registrado o primeiro foco da doença em aves comerciais no dia 15 de maio. Antes disso, o país só havia registrado casos da doença em aves silvestres e domésticas.
Com os casos passados, o Brasil chegou a enfrentar restrições nas exportações. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações de frango do Brasil caíram 13% em maio, na comparação com o mesmo mês de 2024. O país é considerado o maior exportador da carne no mundo, no entanto, é consumida internamente.
Fonte: NSC