O Inter se aproxima de mais um compromisso no calendário apertado do futebol brasileiro. No domingo, a equipe recebe o Cruzeiro, às 18h30, no Beira-Rio. Mais uma vez, Roger Machado tem pouco tempo de preparação, mas se baseia em critérios para definir o time ideal em cada jogo.
O treinador cita três “pilares” como fundamentais no trabalho: momento, estratégia e gestão. Na prática, ele avalia cada ponto no processo de encontrar as melhores opções, conforme projeta o que cada desafio poderá lhe impor.
Momento, como indica, é o que os jogadores apresentam naquele instante, seja na parte técnica ou física. A estratégia envolve o planejamento da comissão técnica em cada contexto (treinos, jogos, adversário, etc.). E gestão é a parte de administrar as questões no elenco.
Durante a temporada, Roger teve de fazer escolhas em todos os setores, em diferentes momentos. Logo no começo, o treinador optou pelo jovem Victor Gabriel como parceiro de Vitão na zaga. No meio, a indefinição de Thiago Maia resultou na titularidade de Bruno Henrique.
Mais à frente, as opções de ataque eram diversas: Wesley, os recém-chegados Vitinho e Carbonero e Wanderson, ainda disponível no início do ano. Recentemente, o gol virou pauta novamente, com o retorno de Rochet (antes de nova lesão) no lugar de Anthoni.
Agora, a questão envolve Borré e Valencia. O colombiano é o titular de Roger, mas a boa fase do equatoriano o credencia a ser o centroavante titular. O comandante colorado compreende um de seus pilares, o momento, em relação ao camisa 13. Mas é preciso saber gerir.
– As escolhas (contra o Bahia) foram baseadas nos critérios que tenho adotado, sem deixar de olhar para performance e desempenho que o Valencia vem tendo. Sem dúvida, o credencia a estar de volta entre os 11, porque preciso ser justo também – declarou Roger na quinta-feira.
Nos dois últimos jogos, o técnico optou por praticamente o mesmo time, apenas com a mudança no gol por conta da lesão de Rochet. Em relação às finais do Gauchão, Wesley e Borré voltaram à equipe. Os dois tiveram problemas físicos recentes, mas estavam à disposição nos Gre-Nais. Só que Carbonero e Valencia foram mantidos em privilégio ao momento de ambos.
Roger deu indícios de que os atacantes podem retomar titularidade em breve. Isso, conforme os conceitos do treinador, vai pelo momento e também estratégia, seja para o próximo jogo, contra o Cruzeiro, ou algum compromisso posterior. Além, claro, da gerência do elenco.
O próprio Valencia, por exemplo, passou pelo processo no ano passado. O centroavante vivia má fase e foi para o banco de reservas. No plano de Roger, o equatoriano virou opção para o decorrer das partidas. Mas certamente precisou gerir o tema nos bastidores.
A resposta sobre as ideias de Roger para o próximo desafio será conhecida no domingo, quando o Inter recebe o Cruzeiro, às 18h30, no Beira-Rio, pela 2ª rodada do Brasileirão. O elenco colorado realiza o último treino antes da partida na manhã deste sábado, no CT Parque Gigante.
Fonte: GE
